segunda-feira, 29 de março de 2010

Conservar: questão de conscientizar

Há poucos dias chegamos ao fim de mais uma edição da Expodireto Cotrijal. Durante uma semana inteira Não-Me-Toque esteve na mira dos holofotes, foi alvo da imprensa local, regional, estadual e até nacional, e os gaúchos puderam entender porque o município foi batizado com o título de capital da agricultura de precisão. Importantes eventos passaram por ali, como o 2º Fórum Florestal do RS, o 1º Seminário da Agroindústria Familiar, 21º Fórum Nacional da Soja, 6º Fórum Estadual do Leite e tantos outros, direcionados ou abertos ao público em geral.
Mas dentre tantas coisas que posso contar destes dias de Expodireto, uma merece, sem dúvida, um destaque especial: o lançamento do Programa de Revitalização dos Recursos Naturais do Rio Grande do Sul. Nos últimos anos não foram poucas as iniciativas voltadas a melhorar os recursos naturais do Estado, porém e apesar de obterem resultados positivos, não suficientes e nem tiveram abrangência integral no Estado.
A incidência de eventos climáticos como enxurradas, estiagens e outros cada vez mais fortes e freqüentes sobre o Estado, a falta de planejamento nas propriedades, a resistência e a falta de consciência conservacionista revelou a necessidade de uma ação mais eficaz. Assim surgiu o programa.
O acerto do programa está justamente em seu foco, ou seja, em algo que tanto se propaga: a conscientização. Conscientização de agricultores, de escolares, do poder público, da população em geral para difusão dos conhecimentos sobre as questões ambientais. Informando sobre a importância da revitalização e conservação das matas ciliares, das florestas e do uso e manejo correto do solo, poderemos, no futuro, reduzir os impactos causados pelas estiagens e enxurradas sobre os sistemas produtivos e a infraestrutura dos municípios.
As ações do programa serão desenvolvidas durante cinco anos e envolvem toda a sociedade através de parcerias. As estratégias serão executadas a partir do mapeamento das áreas críticas de conservação das margens dos rios que compõem as bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. Dentre os resultados que se busca estão a conscientização das comunidades rurais acerca dos problemas ambientais, a adequação das propriedades à legislação ambiental e a recuperação das margens dos rios e dos solos visando o aumento da produtividade e da renda dos agricultores.
Ao lançar este programa o Governo do Estado, através das secretarias estaduais de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e do Meio Ambiente (Sema), e a Emater/RS-Ascar, contemplam ações imprescindíveis ao crescimento do Rio Grande do Sul e à melhoria da qualidade de vida do povo gaúcho, dando vida ao desenvolvimento sustentável e desenhando um Estado muito mais forte.

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