quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Importância e evolução da fruticultura no RS

Em todo o mundo, nas regiões onde se cultivam frutas, principalmente para o consumo in natura, é onde ocorre a melhor distribuição de renda no meio rural e onde existe a melhor qualidade de vida.
A atividade frutícola gera elevada renda por área e tem capacidade de absorver muita mão de obra quando comparada a outras atividades agrícolas como a produção de grãos, madeira, celulose e outras.
O RS é um dos estados brasileiros que apresentam o clima mais adequado para produção de frutas de clima temperado, das quais o Brasil foi e é grande importador de algumas espécies.
Os agricultores gaúchos, principalmente os familiares, perceberam que a fruticultura podia ser uma atividade que viabilizaria economicamente as pequenas propriedades que já não apresentavam grande estabilidade com a produção de grãos.
A Viticultura, antes concentrada na Serra, e a Citricultura que praticamente só existia no Vale do Caí, hoje estão presentes no Vale do Rio Uruguai, no Planalto, nas Missões e até na Campanha.
Outras espécies como o pêssego, antes cultivado na região de Pelotas para fins de industrialização e em Porto Alegre e na Serra para consumo de mesa, hoje está presente em praticamente todo o estado e passou a ser consumido em regiões cujo hábito alimentar praticamente não incluía frutas na dieta.
Hoje, segundo levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar, existem no RS cerca de 138 mil hectares de área cultivada que produzem dois milhões e quatrocentos mil toneladas de frutas. A renda estimada é de um bilhão de reais que beneficiam 62 mil fruticultores.
A renda indireta, gerada nas cadeias ligadas à fruticultura é muito maior que o valor bruto das frutas, basta lembrar a cadeia vitivinícola que foi a base para o desenvolvimento da Serra Gaúcha.
Nos últimos seis anos 21 mil produtores gaúchos buscaram os escritórios da Emater/RS-Ascar para elaborar projetos de implantação de pomares em 25.500 ha.
O crescimento da área plantada, a evolução da produção e da infraestrutura de comercialização e industrialização foi possível, graças a continuidade do trabalho coordenado pela Seappa e executado pela Emater/RS-Ascar, sempre em parceria com todas as instituições e organizações ligadas à fruticultura.
A tradição do povo gaúcho de produzir frutas, apoiada pela pesquisa e pela extensão rural, poderá dar grande resposta e facilitar o abastecimento do mercado brasileiro, diminuindo a necessidade de importação de diversas espécies de frutos.



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