sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lançamento e sessão de autógrafos

A presidenta da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezomo, lançou nesta quinta-feira, 2, o livro A qualidade das águas como subsídio para gestão ambiental, no espaço Caminhos da Integração, durante a 33ª Expointer. O ato teve sequência com uma concorrida seção de autógrafos e foi prestigiado por autoridades, convidados e colegas da Extensão Rural.

A obra originou-se de uma dissertação de mestrado, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Geografia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ao longo de mais de 200 páginas, a autora, que lança seu primeiro livro para o grande público, aprofunda seus conhecimentos sobre a realidade socioambiental do município de Estância Velha, particularmente no que se refere à qualidade da água.
O professor doutor em Geografia pela UFRGS, Luiz Alberto Basso, orientador da dissertação na qual foi baseada a obra, compareceu ao lançamento e destacou a metodologia utilizada. “Essa é a culminância de um trabalho que levou dois anos e meio de pesquisa árdua, porém muito interessante em termos de resultados. Nos aspectos metodológicos o estudo pode tranquilamente ser adaptado à realidade de outros municípios, portanto merece a devida atenção das autoridades”, avaliou.

Ao se pronunciar Águeda disse que a idéia de publicar o estudo partiu do entendimento de que todo o conhecimento deve ser partilhado em benefício da sociedade. “Nós, enquanto estudiosos, educadores e extensionistas, sempre buscamos o conhecimento e, quando existe a oportunidade de facilitar o acesso ao público em geral, é preciso fazê-lo”.

O livro A qualidade das águas como subsídio para gestão ambiental é dividido em oito capítulos: Introdução, Instrumentos de gestão ambiental para a qualidade das águas; Procedimentos operacionais e metodológicos; Caracterização socioambiental do município de Estância Velha; A qualidade das águas superficiais na sub-bacia hidrográfica do arroio Estância Velha; Percepção ambiental; Considerações finais; e Conclusão. As páginas são ilustradas com fotos coloridas, figuras, gráficos e tabelas.

De acordo com Águeda, o trabalho foi estruturado a partir da análise da qualidade da água do arroio Estância Velha, no município de mesmo nome, pertencente à região metropolitana de Porto Alegre. A partir de análises, partiu-se para a aplicação de metodologia científica com o objetivo de registrar e mapear dados sobre os indicadores de degradação ambiental do arroio. A comunidade esteve envolvida e participou respondendo entrevistas e questionários sobre a percepção que têm sobre a qualidade da água e sua importância.

Um comentário:

  1. O QUE HÁ DE NOVO NA DISCUSSÃO DA TEMÁTICA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

    Ainda vivemos, agora mais intensamente, o conflito de posições entre os que defendem e os que atacam as bases da teoria do Aquecimento Global. Todos os dias, nas diferentes formas de mídia (muitas das vezes tendo como pano de fundo nítidas posições políticas), pode-se observar a quantidade de informações que, em síntese, massacram a cabeça do ser humano não iniciado (entenda-se a grande maioria da sociedade).

    Muitas informações são extremamente oportunas, outras suposições, muitas das vezes sem qualquer sustentação científica. Como os não iniciados não conseguem perceber a diferença entre as duas situações, acabam por, gradativamente, se afastando da discussão do tema, transferindo para o segmento dito dos iniciados (pesquisadores, cientistas, ecologistas, políticos, etc.) o andamento do assunto.

    As pesquisas já mostram isso com muita clareza; a realizada pelo Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA, na Região da Grande Vitória / ES (municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica (cerca de 1000 entrevistas / erro de 3% e intervalo de confiança de 95%) deixa claro que a sociedade como um todo reconhece a importância do tema, porém se diz fora do processo de decisão e, ao ser submetida a aprovar ou rejeitar teses corretas (fundamentadas cientificamente) e não corretas, reage, demonstram um nítido e visível desconhecimento sobre o contexto das Mudanças Climáticas.

    Ou seja, a sociedade prioriza o assunto e está aberta a um processo de conscientização, porém o processo que se está adotando hoje – vale mais, muitas das vezes, o impacto do título da matéria do que seu conteúdo – está gerando uma ação de entropia que nos parece muito perigosa, sobretudo se levarmos em conta que não há solução para o problema se não houver uma íntima e consciente participação da sociedade.

    Onde está a origem das falhas que levam a esta realidade?

    São muitas. Começam nas escolas de ensino básico, fundamental, médio e médio técnico que ainda não perceberam que meio ambiente não pode ser discutido apenas em sala de aula dissociado da realidade da comunidade do seu entorno, das instituições de ensino superior que ainda não perceberam a importância de gerar gestores (nas várias áreas de formação) ambientais que possam atuar a partir de suas futuras atividades profissionais, do Poder Público que não assume a sua responsabilidade de estruturar campanhas de conscientização, do segmento político que em muitas das vezes define leis totalmente dissociadas da realidade, para citar apenas algumas, que acabam por levar a sociedade a este processo de afastamento em relação aos assuntos ligados à temática ambiental.

    A quem interessa este estado de coisas?
    Quem ganha, quem perde com isso?
    Será que a tática é “pagar para ver”?

    Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
    Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
    roosevelt@ebrnet.com.br

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